Sexta-feira, 3 de Novembro de 2006

IX - Diário de Maria

Era o Miguel. Todos olharam para ele na esperança de terem uma boa notícia.
A Maria?? – Perguntam.
O silêncio continuava... até que o Miguel começou a chorar. Todos ficaram preocupados, o aperto em seus corações foi cada vez maior. O Miguel, volta costas e dirige-se à saída.
-         Mas onde vais?
-         Deixem-me sair, volto já! Preciso respirar.
Embora o desespero em saber o que se tinha passado fosse imenso, todos concordaram em esperar para que ele se ficasse bem. Embora a resposta esperada, já fosse previsível, a esperança persistia em aparecer!
Alguns largos minutos depois, o Miguel volta à sala onde todos esperavam por ele, e começou a falar:
- Bem, peço desculpa por estes momentos, mas não consegui! Esta manhã depois de saber do desaparecimento da Maria, decidi ligar para os Hospitais mais próximo. Tive notícias num deles que tinham o corpo de uma mulher resgatado das águas do mar esta noite e precisavam do reconhecimento do corpo, eu vou lá agora! Só vos vim aqui avisar. Mas peço-vos fiquem em casa, prefiro ir sozinho, quando souber de tudo venho cá ter...
Sem mais palavras o Miguel saí e ficam todos em casa, no estado mais lastimável existente. Naqueles rostos podíamos ver toda a dor e sofrimento estampados na cara deles, rostos cheios de lágrimas...
Os minutos de espera foi dos piores momentos que poderiam ter existido, dado que se encontravam na incerteza de que se tratava ou não da Maria.
 
Por outro lado, o caminho que o Miguel percorreu até ao Hospital foi dos mais penosos que alguma vez tinha feito. Acima de tudo iria ao Hospital reconhecer o corpo de uma pessoa que tanto amava.
Chegou ao Hospital, e logo o fizeram acompanhar até à Morgue, antes de entrar fizeram-lhe ver que seria um acto difícil e quase que cruel e que teria que ser forte:
-         Sabe o que o espera lá dentro...
-... não é fácil! Tem que se acalmar cá fora um pouco, vamos lhe dar alguns minutos para se recompor, para se estabilizar porque assim não chega a lado nenhum! Tem que manter a calma.
            O Miguel simplesmente acenou, afirmativamente, com a cabeça. Acabou por se sentar num banco que ali existia, uniu as suas mãos e ficou ali um pouco a tentar pedir para que a mulher que estivesse lá dentro não fosse a sua amada.
-         Vamos estou pronto!
Avançaram, abriram a porta o ar gélido daquele quarto chegou até ele, como que tentando petrificá-lo, para não dar aquele passo. Chegaram até ao corpo por identificar, destaparam-no e o Miguel, aí sim, ficou parado, não se moveu e simplesmente deslizaram-lhe pela face duas lágrimas...
- Você está bem? – perguntou a enfermeira que o acompanhava.
 
RM
Sinto-me: Há espera do final...

Publicado por RM às 11:19
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De Fiju a 9 de Novembro de 2006 às 01:38
Ahhhh isto não se faz! Deixar-nos assim nesta dúvida!!! Afinal... será ou não ela?
Espero que não seja ela! Mas se for, a história continua a viciar! Gostava era de mer maissssss! Mas eu espero pelos capitulos seguintes.
;-)


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