Três semanas mais tarde, o prazo dado pelo médico estava a uma semana! Maria já pouco conseguia fazer, a barriga que já era grande tinha crescido mais. Mesmo assim, era uma grávida muito gira. Nas últimas semanas, nas suas idas habituais à praia tinha descoberto um membro novo no seu grupo de amigos, um rapaz mais novo do que ela, um pouco mais! Realmente ele a divertia e tinha sido a sua única companhia nas últimas semanas, já tinham jantado juntos, iam ao cinema. Foi uma boa companhia para a Maria, desde que ela contara aos pais que estava grávida, a rigidez e inflexibilidade do seu pai fizera com que a expulsasse de casa, a mãe por sua vez decidiu acordar com a decisão do marido.
Entretanto passaram-se, praticamente, 9 meses em que nem num destes longos e complicados dias, os pais lhe ligaram.
Numa noite a Maria chora, em casa:
- Mãe, tenho tantas saudades suas! Se ao menos não fizesse tudo o que o pai diz. Queria tanto que me tivesse ensinado o que posso fazer com a minha filha.
Até mesmo do pai tenho saudades, pena que é teimoso!
E as lágrimas continuaram, até que se recostou na cama e acabou por adormecer.
Na manhã seguinte, levantou-se cedo, mais animada e com vontade de passear! Tomou o pequeno-almoço, a sua filha não podia sentir fome e decidiu ir passear. Foi para um jardim, sentou-se num banco, estava um sol abrasador, viu imensas crianças a brincar o que a deixou muito bem disposta, agarrar na sua barriga e sorria, na ansiedade de ver o seu pequeno rebento fora do seu ventre.
Levanta-se e vai dar uma volta a pé, vai até a um miradouro, tinha uma vista sobre toda a cidade, que adorava contemplar, mas eis que pelo caminho cruza-se com…